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terça-feira, 16 de julho de 2013
De 18 a 21 de julho Festival Parlapatões no Teatro Liceu
"As Nuvens e/ou um Deus Chamado Dinheiro" (18/07 - 21h)
Adaptação a partir de dois textos de Aristófanes: "As Nuvens" e "Um Deus Chamado Pluto". Com tramas trançadas, os textos tratam da vida de dois homens no limite do desespero. Estrepado é um homem rico que vê o filho metido em corridas que colocam em risco sua fortuna. Já Crédulo é um homem pobre que não se conforma em trabalhar, ser honesto e ainda assim não se tornar rico. Ao transferirem aos deuses a responsabilidade por aquilo que consideram injusto, ambos caem em ciladas parecidas cujas saídas são bem diferentes. Estrepado procura o filósofo Sócrates para ajudá-lo. Na adaptação, Sócrates se torna Wall Street, um defensor de ideais da globalização. Estrepado é convencido de que o verdadeiro Deus, acima de Zeus, são as Nuvens. Wall o leva a crer em que tudo é possível, até o raciocínio mais injusto. Já Crédulo, orientado por um oráculo, segue um andarilho cego. Descobre que o andarilho é o Deus Pluto, deus do dinheiro. Crédulo faz de tudo para recuperar-lhe a visão, além de aproximar todos os homens pobres e honestos no intuito fazê-los ricos também. A junção das duas comédias em uma única trama traduz a maneira como Aristófanes viu o papel nocivo dos demagogos na destruição econômica, militar e cultural de seu tempo.------------------------------------------------------------------------------------------
"Nada de Novo" (19/07 - 19h)
Estreou em 1991, e desde então realiza temporadas regulares, participações em festivais, mostras, apresentações de rua etc. O espetáculo acompanha a trajetória do grupo e é um de seus maiores sucessos, pois mantém durante todos estes anos o espírito despojado que deixa aceso o estilo das atuações de rua do grupo. Por meio do deboche, ironizam tudo e todos. Destacam-se a “luta dele contra ele mesmo”, a “aula de fazer rir” e o “troglodita”. Porém, a grande atração é a maneira como os atores rompem os limites na busca de uma de comunicação intensa com o público. É um espetáculo com diversos quadros cômicos, no melhor estilo cabaré, com números circenses integrados ao teatro. Sua grande variedade, muitas vezes, permite que o roteiro seja alterado em sua ordem ou conteúdo conforme a apresentação. É uma verdadeira colcha de retalhos onde tudo é costurado em torno de um tema aparentemente distante da comédia: a solidão humana. Abordada através de um humor ácido, a solidão serve como elo entre os vários quadros, o que dá o sentido geral ao espetáculo: de como o homem por meio do riso pode ver o mundo de outra maneira. Quadros cômicos que são uma seleção do melhor do humor dos Parlapatões, que mostram todas as influências que os grandes comediantes exercem no trabalho do grupo. Enfim, é uma homenagem aos grandes mestres da atuação cômica.--------------------------"Ridículos Ainda e Sempre" (19/07 - 22h)
No palco cinco pessoas totalmente ridículas, como qualquer ser humano, vivem situações aparentemente desconexas entre si. O que dará sentido a todas é a idéia de descoberta. De encontros amorosos a discussões sobre política, de disputas esportivas ao momento de uma refeição, tudo tem uma ligação. Porém, cada uma das situações contém algo inusitado que os desprende da realidade. Como, por exemplo, enquanto duas pessoas desfrutam de um banho de sol, sentem, na verdade, o calor de um mendigo que é incendiado ao seu lado. São fortes metáforas, hipérboles declaradas que geram tanto o riso quanto o desespero. Cada fato vivido pelas personagens ridículas em cena reflete de forma absurda, que por mais que nos esforcemos em tornar tudo pior, sempre haverá uma saída. Ainda que algumas opções da vida não sejam nobres, ou seja, não sejam moralmente aceitáveis, muitas delas fazem parte de nosso cotidiano. Ao jogar com a moralidade – ou com a falta dela – Khrams permite que o público se identifique no que tem de mais complexo, a sua humanidade. Transfere o dilema shakespeariano daquilo que somos ou não somos para aquilo que deveríamos ser ou não somos, para que cada um na plateia decida por si.------------------"O Bricabraque" (20/07 - 16h)
Com texto e direção de Hugo Possolo, o espetáculo traz o parlapatão Raul Barretto em um solo cômico recheado de jogos de improviso. A tônica da montagem é o envolvimento da personagem central com as crianças. Logo na entrada do teatro, sala do leiloeiro de um mercadão das pulgas, o público recebe um dinheiro de brinquedo, o cabraquês, que permite um dos jogos entre o ator e as crianças. A partir daí, ele oferece a tal história que promete juntar aventura, mistério, romance e tudo mais o que a plateia pedir. Bricabraque é um palhaço em outros trajes que dialoga da mesma for19ma que as crianças, sem separar o passado, o presente e o futuro. Os recursos plásticos e sonoros servem para reforçar as habilidades do ator nos jogos que alternam as passagens da aventura com a participação provocada (e não-forçada). Tudo visa manter a trama ao mesmo tempo em que se cria um tipo de interação que só é possível entre crianças e palhaços. Uma experimentação que há muito se trabalha internamente nos Parlapatões, como técnicas de improvisação e jogos específicos para crianças, e que agora chega ao público de todas as idades.---------------------------------------------------------
"Clássicos do Circo" (21/07 - 16h)
O espetáculo reúne alguns dos mais divertidos números cômicos e circenses de diversos espetáculos da trajetória dos Parlapatões. É um grande show de variedades que festeja o repertório do grupo para crianças, mas que também divertem os adultos. Durante os seus 60 minutos de alegria, os quatro palhaços passam das mais clássicas reprises às mais inovadores em sua linguagem. Destaques em outros espetáculos são números que voltam à cena unidos no melhor do humor parlapatônico. Como é o caso dos cumprimentos dos palhaços à plateia, do árabe contorcionista e do rei do gatilho, na qual um palhaço tenta acertar uma maçã que está na testa de outro numa sucessão de confusões. A peça inclui também inovações que foram sucesso em outros espetáculos do repertório do grupo, como uma interativa disputa de pênaltis na divertida cena do futebol de palhaços ou a coreografia de balé clássico realizada por lutadores de box e o famoso número das águas dançantes. Com roteiro que celebra a tradição circense, a peça traz os seus principais personagens, como o apresentador do circo, o palhaço excêntrico e o branco, sem deixar de lado a busca de renovação de linguagem. Enfim, uma saborosa mistura que marca uma das fortes tendências renovadoras da arte circense, sem desprezar a sua tradição.Serviço:
Festival Parlapatões
Local: Teatro Liceu. Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330, Guanabara – Campinas. (19) 3744-6823
Data: de 18 a 21 de julho
Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Ingressos antecipados: www.ingressorapido.com.br ou 4003-1212
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