Debatendo as fronteiras entre o humor e a ofensa na era da mobilização digital, o Café Filosófico da CPFL Cultura, em Campinas, terá a curadoria de Marcelo Tas no mês de novembro. A programação começa no dia 6 e segue nos dias 13 e 27, sempre às 19h. A entrada é gratuita, porém, a partir deste mês, serão distribuídas senhas para quem quiser acompanhar o debate no local, a partir das 17h, na data do evento. Os encontros também terão transmissão ao vivo no site www.cpflcultura.com.br/aovivo.
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A reação a certas abordagens, antes aparentemente naturalizadas, tem levado a uma série de discussões sobre os limites do humor. Mas existe uma forma correta de rir ou fazer rir? É papel do humorista corrigir costumes? O que distingue um humor engajado e provocador de uma ofensa gratuita? O que incomoda na representação de determinados grupos no palco, nos livros, na novela, no cinema? Faz sentido falar em restrição a liberdades de expressão quando a expressão é considerada ofensiva? Estamos dispostos a ouvir os argumentos de quem encontrou canais para comunicar este incômodo?
O primeiro debate, na sexta, dia 6, será com a participação do próprio Tas, que pretende questionar o que significa, afinal, ser politicamente incorreto. Abordará também as mudanças nas ideias de humor, deboche, ironia, opinião e jornalismo ao longo dos anos.
Ex-repórter fictício que atormentava políticos e personalidades dos anos 1980, Marcelo Tas participou de programas infantis e depois se tornou colunista, blogueiro e apresentador de TV.
No encontro seguinte, dia 13, a participação será da roteirista e escritora Adriana Falcão , que conta como seu trabalho permite transitar em diferentes campos da palavra. Escritora de livros adultos e infantis, e autora de roteiros e diálogos para as séries “A Grande Família” e “Louco por Elas”, além dos filmes “O Auto da Compadecida” e “Se eu fosse você” (1 e 2), Adriana falará sobre como as palavras podem ser escolhidas e adaptadas para as mais diversas formas de comunicação.
No último encontro da série, no dia 27, o psiquiatra e psicanalista Jacques Stifelman abordará “O humor e sua função – alívio da experiência de aniquilamento”.
Programação:
06/11
"Pode rir?" - com Marcelo Tas
Existem limites para o humor? O que é ser politicamente incorreto? Neste encontro, ele fala das mudanças nas ideias de humor, deboche, ironia, opinião e jornalismo ocorridas ao longo desses anos.
13/11
"Palavras" - com a escritora e roteirista Adriana Falcão
No encontro, ela explica como as palavras podem escolhidas e adaptadas para as mais diversas formas de mídia e comunicação.
27/11
"O humor e sua função – alívio da experiência de aniquilamento" - com o psiquiatra e psicanalista Jacques Stifelman
"O humor tem a peculiar capacidade de passar pelas frestas mais secretas de nossa mente. Frestas escondidas num delicado e complexo labirinto de autoridades forjadas de protetoras e legitimadoras de nossas mais temíveis fantasias de aniquilamento. O humor que rearranja nossos estados mentais de paralisia e terror frente ao desconhecido interno e externo aparece em sua manifestação sensorial como um desmoralizador de autoridades (internas e externas) tornando o temor à insanidade um temor possível de ser experimentado. O humor nos conduz ao simbólico que não pudemos criar explodindo em alívio e risos. É preciso, no entanto, ao pensar nos seus limites como manifestação social que a partir de um ponto que pretendo discutir, o humor ao invés de colaborar com o simbólico nos empurra ao concreto, retificando e aterrorizando novamente (clown)."
Serviço:
Café Filosófico CPFL - "Pode rir? – o humor e a (in)sanidade do politicamente correto"
Local: CPFL Cultura. Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, 1632, bairro Chácara Primavera - Campinas. (19) 3756-8000
Data: 6, 13 e 27 de novembro
Horário: 19h
Entrada: gratuita. A partir das 17h, nos dias dos eventos, serão distribuídas senhas para interessados em acompanhar o debate no local. Transmissão ao vivo no site www.cpflcultura.com.br/aovivo
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