quarta-feira, 16 de março de 2016

19, 20, 26 e 27 de março Leona Cavalli e José Rubens Chachá são “Frida Y Diego” no espetáculo que chega a Campinas

Da dramaturga Maria Adelaide Amaral, o espetáculo “Frida Y Diego” chega a Campinas para apresentações no teatro Brasil Kirin, dias 19, 20, 26 e 27 de março, após temporadas de sucesso em São Paulo e no Rio de Janeiro. A trama retrata a complexa e intensa relação dos fascinantes artistas mexicanos Frida Kahlo e Diego Rivera e o legado que deixaram na história da arte. A peça dirigida por Eduardo Figueiredo traz a atriz Leona Cavalli interpretando Frida Kahlo e José Rubens Chachá como Diego Rivera. Com “Frida y Diego”, Maria Adelaide quebra o jejum de uma década sem um texto inédito para o teatro (o último texto da autora encenado nos palcos foi “Chanel”, com Marília Pera). O espetáculo narra o reencontro dos artistas depois de uma traumática separação. A trama conta uma fase conturbada da vida de Frida, quando já bastante doente e com muitas dores, voltou a morar com Diego, em casas vizinhas ligadas por um corredor. Frida e Diego viveram um grande e conturbado amor, ao mesmo tempo em que influenciavam, com sua arte latina, o mundo das artes plásticas europeu e americano na animada e confusa década de 1930. A peça, recheada de conflitos, poesia, nostalgia e humor, tem Iluminação assinada por Guilherme Bonfanti, cenário, figurino e adereços por Márcio Vinícius e direção musical de Guga Stroeter. A peça fala do casamento e da relação dos artistas. Uma história de paixão e cumplicidade. Com todos os dramas, rupturas e reconciliações, era uma relação de liberdade e amor incondicional. O espetáculo se passa entre o período de 1929 a 1953, no México, França e Estados Unidos, onde viveram e trabalharam a conturbada relação do casal, as mútuas infidelidades, personalidades fortes e as suas convicções artísticas e políticas. Frida Y Diego chega ao teatro Brasil Kirin em Campinas A montagem A dramaturga Maria Adelaide Amaral escreveu o texto do espetáculo sobre Frida Kahlo e Diego Rivera especialmente para o diretor Eduardo Figueiredo e o diretor de produção da peça, o ator Maurício Machado. “Eu sempre tive fascínio por Frida e Diego. Vi algumas exposições dela por esse mundo afora e quando fui ao México conheci pessoalmente a obra de Diego. Estive na Casa Azul duas vezes e visitei a casa deles em San Angel. Isso alguns meses antes do Eduardo e do Maurício me encomendarem a peça”, conta a autora. Maria Adelaide estudou profundamente a vida da dupla de artistas para escrever o texto. “Não é bem ficção. É teatro. E o tema foi intensamente pesquisado nos livros sobre Diego e Frida e em outros que me mandaram dos Estados Unidos e México”, completa Maria Adelaide. Para a montagem, o diretor Eduardo Figueiredo focou na interpretação do elenco: “Esse espetáculo é dos atores, nós só vamos preparar a cama para eles se divertirem”. Ele optou por colocar música ao vivo na peça. No palco, dois músicos tocam acordeom e baixo. “Para mim, é fundamental que uma peça como esta tenha músicos em cena, o próprio Diego Rivera era um grande festeiro e a música, aqui, reforça a passionalidade da relação deles. Pretendo falar da humanidade presente destes dois grandes artistas. Outro aspecto importante é fomentar questionamentos, nesse contexto específico, temas tão contemporâneos como traição e lealdade”, comenta o diretor. Segundo Eduardo, a obra de Maria Adelaide apresenta, de forma explícita, o universo afetivo desses dois grandes artistas sem perder o panorama histórico que tanto os influenciaram. História Frida Kahlo foi uma artista única. Para muitos é considerada a pintora do século. Em 1913, com seis anos, contraiu poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo dos anos. Apesar de seu pouco tempo de vida, deixou obras magníficas e intrigantes que influenciam o mundo das artes até hoje. Sua trajetória também é tida como uma obra instigante e com grande poder de chamar atenção. Desde criança Diego Rivera quis ser pintor e todos percebiam ter talento para isso. Ao ficar adulto, após estudar pintura na adolescência, participou da Academia de San Pedro Alvez, na Cidade do México, partindo para a Europa, beneficiado por uma bolsa de estudos, onde ficou de 1907 até 1921. Esta experiência enriqueceu-o muito em termos artísticos, pois teve contato com vários artistas da época, como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Juan Miró e o arquiteto catalão Antoni Gaudí, que influenciaram a sua obra. Nesta época, começou a trabalhar em um ateliê em Madri, na Espanha. Acreditava que somente o mural poderia redimir artisticamente um povo que esquecera a grandeza de sua civilização pré-colombiana durante séculos de opressão. Frida e Diego se casaram em 1929. Ela com 22 anos e ele com 43, era o terceiro casamento de Diego. Viveram uma relação muito conturbada, tanto pelos casos extraconjugais de ambos quanto por suas personalidades fortes e convicções artísticas e políticas. Rivera aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres, mesmo ela sendo casada, mas não aceitava os casos da esposa com homens. O casamento era cheio de brigas e confusões, também pelo fato de Rivera querer filhos e Frida, que enfrentava problemas de saúde desde muito jovem devido a um sério acidente sofrido na adolescência, não conseguir engravidar. Durante o relacionamento dos dois, Frida sofreu muitos abortos. O ápice da separação aconteceu quando Rivera envolveu-se com sua cunhada, Cristina, e tornou-se amante dela. Ficaram muitos anos juntos e tiveram seis filhos. Frida flagrou-os na cama, tendo um ataque histérico e cortando os próprios cabelos. Como vingança, o atormentou, passando a persegui-lo e odiar a irmã. Muito abalado, Diego abandonou os filhos e Cristina, que foi embora. Depois acabou indo atrás de Frida, mas não teve sucesso na reconquista e passaram a ser inimigos. Rivera continuou com sua vida de antes, muitas bebidas e amantes. Após um período separados, Frida e Rivera se reconciliaram. Os dois moraram em casas vizinhas conectadas por um corredor até a morte de Frida em 1954, aos 47 anos. A Casa Azul, como ficou conhecida, abriga hoje o Museu Frida Kahlo, na Cidade do México, e conserva tudo como os dois deixaram. Lá é possível encontrar cartas de amor trocadas pelo casal e diversos objetos do cotidiano dos dois. Serviço: Teatro: peça “Frida Y Diego” Local: Teatro Brasil Kirin – shopping Iguatemi. Av. Iguatemi, 777, Vila Brandina – Campinas. (19) 3294-3166 Data: 19, 20, 26 e 27 de março Horário: sábado, às 21h; domingo, às 18h Ingresso: sábado – R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada); domingo – R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada) Vendas: bilheteria - de terça-feira a sábado, das 13h às 21h, e domingos das 12h às 20h, ou pelo site ingresso.com.br Indicação etária: 14 anos

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